PORTARIA Nº10 DE 01 DE FEVEREIRO DE 2022
NOMEIA SUBSECRETÁRIA DE ASSISTÊNCIA SOCIAL
NOMEIA SUBSECRETÁRIA DE ASSISTÊNCIA SOCIAL
NOMEIA SUBSECRETÁRIA DE EDUCAÇÃO
NOMEIA SECRETÁRIO DE SAÚDE
A presente licitação tem por objeto Contratação de serviços de Engenharia Civil para atender a demanda da Prefeitura Municipal de Fortuna de Minas, conforme descrito e especificado no Anexo I. (mais…)
Expediente:
Prefeito Municipal: Cláudio Garcia Maciel Secretário Municipal de Esporte, Lazer e Cultura: Lucas de Souza Dias Subsecretária Municipal de Cultura: Gizele de Jesus Machado Autoria e coordenação do Projeto: Gizele de Jesus Machado Autoria da identidade visual do Projeto: Denise Aparecida Rezende
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Apresentação
O projeto “Afroconexão/ Aquilombar: Resistir para Existir” foi elaborado com a finalidade de reunir pessoas e agrupamentos envolvidos com a cultura negra em um exercício de resistência voltado para a garantia da existência de grupos historicamente subalternizados e oprimidos
A proposta é buscar a reconexão do nosso povo com tudo que vem de África, com tudo que se relaciona a nossa ancestralidade. Reconhecer a nossa ancestralidade nos permite compreender de onde viemos e como chegamos até aqui, o que é muito importante no processo de reconexão com nossos ancestrais e com a reafirmação de uma identidade historicamente negada ao povo negro.
O povo africano foi retirado do seu território e apartado não apenas do seu espaço geográfico, mas de seus hábitos, costumes, religiosidade, laços familiares. As violências estavam muito além dos castigos físicos, das torturas que muitas vezes culminavam em morte. Elas estavam em cada negra estuprada pelo seu senhor, em cada rebento arrancado do seio de sua mãe e vendido para alguma fazenda distante, em cada proibição de louvar seus deuses, fazer suas danças e manter seus costumes.
A escravidão termina oficialmente no Brasil em 1888, A partir desta data os escravizados estariam livres. Livres para ir aonde, para fazer o que? Não foi pensada nenhuma política de reparação para eles, apenas para os Senhores que foram indenizados. Foram 300 anos de escravidão e apenas 133 do seu término até hoje, ou seja, desde o “descobrimento” o povo negro experimentou muito mais tempo de escravização que de liberdade e atualmente os negros seguem sendo maioria nos presídios, nos subempregos, nas periferias, liderando o índice de mortes violentas e desemprego no país, demostrando que restam muitos grilhões a serem rompidos e que a oficialização do fim da escravidão nunca foi sinônimo do fim da opressão para o povo negro.
O projeto se desenvolve em torno de três eixos: Educação, Cultura e valorização do Quilombo Retiro dos Moreiras e Beira Córrego, comunidade quilombola do município de Fortuna de Minas, certificada em 2020.
Na educação o projeto visa o cumprimento da lei 10.639/03 que estabelece a obrigatoriedade do ensino de "história e cultura afro-brasileira" dentro das disciplinas que já fazem parte da grade curricular dos ensinos fundamental e médio. Apesar de a referida lei ser de 2003 a maioria dos municípios em todo o país tem uma dificuldade grande de cumprir a lei efetivamente. O munícipio de Fortuna de Minas vai partir da capacitação específica dos professores da rede pública de ensino para que tenham segurança e propriedade ao pautar questões étnico raciais e para que tenham ferramentas que os possibilitem a promover o cumprimento da lei 10.639 no âmbito municipal.
Na cultura vamos trabalhar o fortalecimento das manifestações culturais ligadas ao povo preto, como o congado, a capoeira, as danças africanas e afro-brasileiras, Folia de Reis buscando parceria com os municípios vizinhos que também possuem Guardas de Congado e outras manifestações culturais relacionadas à cultura negra.
Na valorização do território quilombola a proposição se dá no intuito de promover o resgate indenitário da comunidade quilombola Retiro dos Moreiras e Beira Córrego. O fortalecimento do vinculo com a terra e a promoção do auto cuidado através do poder curativo da natureza, promovendo o resgate dos saberes e dos fazeres tradicionais do nosso povo. As figuras das raizeiras(os), das benzedeiras(os) estão cada vez mais escassas, mesmo nos territórios tradicionais e são elas(es) peças chaves no processo de resgate identitário do povo negro.
Objetivo geral
Objetivos específicos
Metodologia
Congado nas praças e nas comunidades rurais de Fortuna de Minas
Temos no município de Fortuna de Minas atualmente três Guardas de Congo:
_ A Guarda União de Nossa Senhora do Rosário, a Catopé do Pandeiro e a de Santa Efigênia e a todas elas enfrentam risco de extinção por ter se perdido o elemento geracional que marcava as famílias congadeiras anteriormente. Os membros do congado das três guardas em sua maioria são os únicos da família que participam dessa manifestação cultural e religiosa tão rica que são as congadas.
Vamos promover o congado nas praças e nas comunidades rurais:
_ Uma vez ao mês as Guardas de Congo vão se revezar em apresentações nas diversas praças da cidade e nas comunidades rurais como Três Barras, Córrego de Areia, Comunidade Quilombola Retiro dos Moreiras e Beira Córrego. O intuito é aproximar cada vez mais a comunidade do congado e promover os festejos congadeiros. Haverá registro fotográfico e relatório feito por funcionário do setor de cultura em todas as apresentações.
Encontros de capoeira
Realização de Oficinas
Interlocução entre os quilombos mineiros
Interlocução entre as congadas mineiras
Produção de documentários
Documentário1: “O Quilombo reverencia suas raízes”
Documentário 2 : “Não deixe o congo morrer, não deixe o congo acabar”
Dia de Zumbi e da Consciência Negra
Avaliação das metas do Projeto Afroconexão/ Aquilombar: Resistir para Existir
Prefeitura de Fortuna de Minas, 29 de setembro de 2021, Secretaria de Esportes, Lazer e Cultura.
Gizele de Jesus Machado
Subsecretária de Cultura de Fortuna de Minas